Prótese total sobre implantes (Protocolo) x Prótese Total Convencional (Dentadura). Qual a indicação correta para cada paciente?

A chave de uma boa indicação protética consiste em perceber as necessidades e as possibilidades de cada paciente. Próteses sobre implantes osseointegrados dependem de três aspectos importantes para se pensar no tratamento: Limitações financeiras, psicológicas e anatômicas.

Limitações Financeiras – Em razão do aumento do número de procedimentos clínicos, a cirurgia de implantes, o custo de uma prótese sobre se torna muito maior, mesmo dividindo o tratamento em várias parcelas a grande maioria da população brasileira não arcar com os custos.

Limitações psicológicas- A maioria dos pacientes usuários de dentadura vieram a perder os dentes em uma época que a odontologia preventiva não existia. Principalmente quando viveu uma parte de sua infância e adolescência em cidade pequena, onde não contavam com assistência odontológica adequada. Em função do grande aumento da população idosa, isso veio a ser mais evidente nos dias de hoje (primeira foto – Paciente com mais de 97 anos usuária de uma prótese total removível superior e inferior).

Limitações anatômicas – O osso alveolar, após a perda de uma raiz dentária, sofre reabsorção muito rapidamente, devido à falta de estímulos gerados pelos ligamentos periodontais, que ligam a raiz do dente ao osso. Em casos de extração dentária é muito importante a análise de um especialista em Implantes, principalmente se forem dentes anteriores, onde o osso absorve rapidamente. Em muitos casos o ideal e que o implante seja colocado imediatamente após a extração ou preencher o espaço do alveolar com algum osso particulado (segunda foto – Paciente submetido a extrações múltiplas de restos de raízes dentárias na arcada superior e instalação de cinco implantes imediatos, para suportar uma prótese total superior fixa do tipo Protocolo).

Pacientes que usam próteses removíveis há muito tempo, geralmente apresentam uma reabsorção óssea maior, principalmente devido a pressão da prótese sobre a gengiva, provocando uma compressão no osso e acelerando a sua perda.

Tratamento do Canal em uma única seção.

A inflamação e necrose da polpa dentária são as causas mais comuns que levam a necessidade de tratamento de canal e são resultado de cáries, restaurações, fraturas extensas, muita força no tratamento ortodôntico, traumas no dente... Em alguns casos de coroas também e necessário tratar o canal do dente. A dor é o principal alerta para a necessidade de intervenção, apesar de muitas vezes o paciente não apresentar nenhum tipo de sintoma clínico de infecção. Por isso é fundamental a visita ao consultório e em alguns casos a realização de radiografias periódicas, pois quanto mais cedo for realizada a intervenção, maior é a expectativa de sucesso do tratamento. Pacientes que possuem implantes dentários ou vão se submetidos a cirurgia de implantes, não podem ter infecção em dentes próximos a região onde vai ser instalado, isso pode vir a ter insucesso e perda do implante.

Atualmente, aqui no consultório os tratamentos de canal são realizados com anestesia local, o paciente pode optar em ligar um colchão massageado e assistir um DVD, e em cerca de 90% dos nossos casos o canal e finalizado em uma única seção e leva em torno de 40 minutos a 2 horas para ser concluído e restaurado em uma única consulta, sem necessidade de uma segunda visita para ser feita a restauração. Essa velocidade e simplificação do tratamento ocorrem devido a utilização de aparelhos modernos, que aceleram e diminuem a necessidade de muitas radiografias.

Na foto podemos observar que o interior do dente é preenchido com um material específico, que veda a das três raízes evitando assim que ocorra contaminação do interior do dente para o osso. O tratamento de canal é basicamente uma limpeza, descontaminação e preparação do canais para receber os matérias bacteriostáticos que devem chegar ate a parte mais extrema da raiz, chamada de ápice.